#Diferenciação não invibiliza

Não faz mais sentido pensar em educação sem diferenciar o ensino e pensar nos diferentes perfis de alunos e turmas. A Diferenciação considera as muitas Juventudes e os objetivos de aprendizagem. Afinal, planejar, ministrar e avaliar diferenças é um desafio cada vez maior para o professor que hoje tem que compreender e viver em um mundo tão plural, síncrono e político.

O uso da tecnologia é de extrema importância para o sucesso da aprendizagem do estudante, mas tecnologia por si só não é tudo. As plataformas adaptativas sugerem avaliações diferenciadas, diferentes experiências etc. E o que fazer em escolas que não têm recursos tecnológicos? Em escolas que 60 por cento da turma não têm ao menos um celular com acesso à internet e aplicativos? A tecnologia não elimina o papel do professor; ao contrário, valoriza o seu trabalho. Só o professor pode identificar casos de desinteresse, dificuldade, desânimo etc Assim, por meio de um diagnóstico, o professor pode trilhar caminhos de aprendizagem que podem levar o estudante ao conhecimento necessário à etapa de estudo que está vivenciando. O professor que busca conhecimento está diretamente conectado com a presença do estudante em sua sala de aula. Não é porque não temos acesso ao que é tecnológico que a sala de aula tradicional, a valorização do trabalho do professor e os muitos meios de conexão com o estudante estão fadados ao fracasso. Mais do que a disponibilidade de tecnologias, a Diferenciação se dá quando o professor se reconhece como um ser transformador e não invisibiliza o aluno com esteriótipos, se aproximando deles de forma mais afetiva, e assim, prover a melhor forma de alcançar o sucesso de todos; do aluno que aprende e do próprio professor que evolui.

Débora Campos

Professora da Educação Básica do Governo do Estado da Bahia